domingo, 20 de maio de 2012

While my eyes, go looking for flying saucers in the sky

Sinto inveja das pessoas que juram ter visto discos voadores. Embora eu esteja sempre com os olhos – e a cabeça - nas nuvens, nunca vi nada nem parecido. Como Caetano, vago, dou voltas sem direção, cruzo as ruas sem medo, enquanto meus olhos saem procurando por discos voadores no céu da minha cidade. Era assim desde os anos 1960, época em que o Larguinho do Rosário começava a virar praça. Os tais discos apareciam no cinema, no rádio, nas revistas, nas conversas com amigos e para meus companheiros de aventura. Márcio Hiran, Gualter Vieira, Inhozin. Todos viram algo. Menos eu. Logo eu que me interessara pela possibilidade de vida extraterrestre desde a infância, desde muito antes de ouvir falar de discos voadores. E os anos passaram, e muitos outros continuaram vendo. Celso Leal, Joba Costa, Gudim, Tino Gomes. Menos eu. Se um disco voador tentasse me abduzir naquele anos, era só aparecer no final da rua Dr. Veloso, ali, perto da casa do Sêo Romeu. Como lembrou Flávio Pinto numa crônica sobre o Larguinho do Rosário, a Dr. Veloso seria a melhor coordenada para o meu eventual e eficaz recolhimento espacial. Mas roda mundo, roda-gigante, rodamoinho, roda pião, tudo roda num instante, nas voltas do meu coração. Em Montes Claros existem vários relatos de pessoas que viram um disco. Ou algo assim. Um dos mais intrigantes ocorreu no final de outubro de 1958, quando membros da Policia Militar foram chamados no quartel da Camilo Prates para um contato imediato. Conta a história que um dito cujo chegava em sua casa ali perto do Hospital Santa Terezinha, quando um feixe de luz se projetou nele. Olhou para cima e viu um objeto em forma de bacia, uns 40 metros de diâmetro, luminosidade azul clara. Estava a 300 metros do quartel da PM. Correu até lá, chamou os policias, que foram ao local e viram o bitelo lá, flutuando. Chegaram a apontar seus fuzis para ele, que voou em direção a Coração de Jesus, onde também foi observado. Coisa estranha... Na década de 1990, uma reportagem do Estado de Minas dizia que o subsolo montes-clarense é uma enorme caverna, que os Extra Terrestres usam como espaçoporto. Sabe-se lá! Afinal, que eles existem, existem. Está provado que aparecem vez por outra na nossa região, para abduzir quem os interessa ou bater um papo. As provas estão em diversos locais da Grande Norte. Uma delas é a Lapa da Lagoa, em Varzelândia. O Ricardo Antunes confirma. Ali existem pinturas de 10.000 anos mostrando figuras semelhantes a Discos Voadores. Então, eles passam por aqui já há bastante tempo. Você, leitor, se lembra daquele caso que aconteceu em 9 de dezembro de 1996, e que deixa o delegado Castelar Leite com a pulga atrás da orelha até hoje? Não? Pois vamos relembrar... Ia tardezando quando o caseiro Plínio Bragatto, do alto de seus 74 anos, subia a estrada que leva ao Pico do Ibituruna, em Governador Valadares. Ali, avistou um objeto ovalado, que pousou perto dele e estendeu uma escada de borracha. Segundo ele, um homem com cerca de dois metros o convidou a entrar na nave. Ele não se fez de rogado. Lá dentro havia mais dois tripulantes. O salão era azul e cheirava a flor de laranjeira. Plínio disse que foi examinado – tomava pequenos choques - e levado para um planeta, que ele achava ser Marte, de onde trouxe uma pedra parecida com brita. O caseiro foi devolvido à terra no dia 10 de dezembro, quando madrugava ainda, às 4h30. Mas desceu próximo a Montes Claros, já que o GPS dos “marcianos” não deve ter funcionado direito. No local onde Bragatto teria sido abduzido foram encontradas, pelo delegado Castelar Leite, marcas, que seriam da espaçonave. Não sei se Sêo Plínio ainda está vivo, mas era doidim para repetir a aventura. Sei que Castelar, até hoje, ainda tenta achar explicação para o caso... Já o Herbert Ferreira conta que, na madrugada de 28 de julho, à 01:10 h, o motorista C.L., residente em Montes Claros, avistou uma gigantesca nave espacial entre as cidades de Itaobim e Medina, próximo ao entroncamento de Pedra Azul. No seu relato ao Centro de Ufologia de Montes Claros (CEUMOC), disse que transportava um grupo de pessoas numa Kombi. O trajeto transcorria sem problemas até um posto de gasolina desativado. Logo após – cerca de 500 metros dali -, ao fazer uma curva viu um objeto do tamanho do nosso ginásio poliesportivo, imóvel, pairando sobre as árvores, sem emitir nenhum tipo de ruído. Exatamente nessa curva ascendente, do lado esquerdo da pista, C.L. divisou o objeto, a uns 15 m de altura do solo. Tinha a forma arredondada, parecia constituir-se de um metal prateado como inox sem brilho. No alto, havia uma cúpula vermelha que desprendia uma radiação igual a fogo. No meio, passava a cada um - ou dois segundos -, um facho de luz violeta, em alta rotação e em sentido anti-horário. No fundo do objeto havia algo como canhões de luz branca, que davam a idéia de turbinas a sustentar a nave. O interessante é que sua luz não se irradiava ou refletia, mas ficava restrita à nave, circunscrita, como se esta estivesse inserida num campo magnético. Gritou para os passageiros: “Olhem: uma nave espacial”. Naquele momento, C.L. teve tanto medo que entrou em pânico. Acelerou o carro ao máximo para tentar fugir, mas o veículo se movia muito devagar. “Um caminhão estava atrás de mim, o condutor dele também viu e, acelerando, ultrapassou-me com grande velocidade, deixando uma poeira de óleo à minha frente”. Ao chegar no posto mais próximo, atemorizado, ele contou a história para as pessoas que ali estavam. Todas ficaram surpresas, pois era a mesma versão dada pelo caminhoneiro minutos antes. Já o advogado e jornalista Leonardo Campos, chegou a pesquisar a aterrisagem de um destes Discos Voadores em Cana Brava. Ele próprio viu um OVNI, nas proximidades do Parque Municipal Simeão Ribeiro, o Sapucaia. O escritor e jornalista Itamaury Telles, quando acampado em Olhos D’Água, viu luzes onde não existiam. Tirou uma foto de uma montanha, mas quando foi revelar a surpresa: algo diferente estava na fotografia. Sempre que o vejo, puxo assunto, esperando que me mostre a foto. Mas ele faz cara de pôquer e nunca se trai. Nem mostra a foto. Dos casos contados aqui e alí, o único “obrigado” a manter uma relação sexual com uma alienígena foi Antônio Villas Boas, em outubro de 1957, na cidade mineira de São Francisco de Salles. Também existe no Brasil a “Noite Oficial dos OVNIs”. Em 19 de maio de 1986 autoridades da Aeronáutica afirmaram que o espaço aéreo brasileiro tinha sido invadido por 21 objetos de origem desconhecida, detectados pelos radares. Eles foram acompanhados por aviões a jato, se movimentavam em alta velocidade, passando de 250 a 1.500 km/h em fração de segundo. Mudavam de cor, de trajetória. Subiam, desciam, sumiam do radar. E apareciam em outro lugar. Os OVNIS não deixavam rastros como as aeronaves convencionais. O exemplo mais surpreendente de um Contato Imediato está no Velho Testamento. É o Livro de Ezequiel. Leia o início do Capítulo 1 da Bíblia do Rei James. Imagine apenas que é um OVNI pousando. Com esta idéia em mente, a experiência de Ezequiel é quase compreensível. O Livro de Ezequiel era tão controverso que não sobreviveu aos editores religiosos que quase jogaram fora também o Livro de Enoque. Enoque era pai de Matusalém e avô de Noé. Como Ezequiel, ele foi levado em muitos vôos pelos deuses (chamados anjos) e testemunhou grandes horrores e belezas. Faziam estas viagens em “carruagens circulares’”. E casos como o de Roosewelt, que narra a queda e recuperação de um disco voador no deserto próxima a uma cidade do Colorado (ou seria Utah?), em 1949? A literatura trata como uma dos mais claros indícios da existência de OVNIS ocultos em bases americanas, nas áreas conhecidas como 51 E S-4. Não são meras especulações jornalísticas ou de "lunáticos" que tentam empurrar suas teorias "goela abaixo" dos mais crédulos? Uma época, tentei esquecer estes discos voadores. Mas eles continuam aparecendo. Menos pra mim. Talvez só para pessoas especiais: Joba Costa, Tiazinha, Gersier de Lima, Paulo Coelho, Eduardo Lima, Tim Maia, Ricardo Antunes. Até mesmo o Porretinha já viu um. E meus olhos continuam procurando por discos voadores no céu... Agora mesmo o Eduardo Gomes, do Instituto Grande Sertão, fotografou um OVNI que passou no seu quintal, em Montes Claros. No meu mesmo, passa nada. Só os morcegos. E um ou outro ladrão de galinha, vez por outra. E Du não foi o único a ver. Seu chará, Eduardo Oliveira Ferreira afirma que seus pais também viram, no mesmo dia 16 de fevereiro de 2012. O horário bate: 19:47. No céu, um objeto luminoso se movendo de uma forma estranha. O trem fez movimentos bruscos, mudou de cor, fez vôos na horizontal e vertical e sumiu. Assim, num passe de mágica. Lembra da “Noite dos ÓVNIS”. Geraldo de Leila, às 19:46, também viu. Andava pela rua Engenheiro Veloso, no Delfino Magalhães, em direção a Avenida das Palmeiras. Olhou pro céu, na direção do Bairro Santa Lúcia, viu o objeto cruzando-o horizontalmente, indo da direção Leste para a Oeste. Ele, a esposa e a filha. Noryvaldo viu às 19:48 na região noroeste de Montes Claros, próximo ao grande Delfino. O OVNI fazia vôos elípticos sincronizados e a cada vôo alternava as cores azul e verde. Depois, sumiu sem deixar vestígios. Eduardo Gomes tirou a foto às 19;54. Diz que pode tanto ser um OVNI como um balão meteorológico, mas é muito parecido com um cometa com uma calda suave. “Um cometinha”, como diria Edgar Pereira. Allan Chaves, morador do Delfino Magalhães, descreve melhor. “Na hora pensei que se tratava de um meteoro ou algo do tipo. O objeto se apagou. E um segundo depois acendeu. Continuou o trajeto. A partir dai apagou de novo e desapareceu. Eu fiquei intrigado, quando de repente apareceu de novo, dessa vez fazendo uma trajetória inversa, do Oeste para o Leste e, descendo em direção ao chão. Até que sumiu de novo”, descreve. Allan encontrou um amigo e falou do que tinha visto. Este duvidou que se tratasse de um OVNI. Ficaram conversando uns dois minutos, e o objeto apareceu de novo. “Dessa vez muito maior. Antes era um ponto no horizonte. Agora se assemelhava a uma forma geométrica, como um triângulo. Tinha uma luz extremamente intensa que oscilava. Como a luz de um poste variando entre uns 10 a 30 metros de distância. A partir daí começou a descrever movimentos irregulares no céu, de ida e volta, Leste a Oeste, mais ou menos entre o Bairro Santa Lúcia e o Delfino, formando algo como um oito no céu. E perdurou nesse movimento uns oito minutos. Numa velocidade que parecia ser absurdamente alta. Mudando de cor entre o verde e o azul. Parecia mudar de forma, ou de ângulo de visão. Da mesma forma que parecia alcançar altas velocidades ao fazer o movimento, virava repentinamente ao terminar o trajeto para o lado aposto, sem fazer nenhum tipo de desaceleração. Parecia traçar um movimento contínuo, fazendo alguns ângulos no céu, que uma aeronave tradicional não conseguiria. Nós ficamos extasiados. O fenômeno foi visto por várias pessoas na rua. O objeto parecia ser bastante grande, as vezes chegava a ter o tamanho da largura meu polegar apontado com o braço estendido ao horizonte. Posteriormente eu vi o relato de um casal que estava no bairro Santa Lúcia que também viu o OVNI. Mas do lado oposto. O que me leva a precisar que ele voava bem próximo do limite que separa os dois bairros. E também a concluir que ele deveria ter entre 20 a 30 metros de comprimento. O OVNI desapareceu completamente do nosso campo de visão as 19:58”, finaliza. Este mesmo aparecimento foi testemunhado por um grupo de excursionistas acampados na região da Usina de Santa Marta, entre Francisco Sá e Grão-Mogol, por um fazendeiro de Botumirim, por moradores de Juramento e observado nas cidades de Januária e Buenópolis. José Ponciano Neto diz que no mesmo dia, moradores das comunidades próximas a Juramento relataram terem visto um Objeto Voador - com as características e movimentos citadas pelo Allan Chaves. Ponciano diz que, pelo fato da barragem que abastece Montes Claros ter uma Estação Climatológica, no qual ele é observador e supervisor na operação, “sempre tem algum produtor perguntando sobre clima, abalos ou o que aparece no céu”. Na sua opinião se trata de um balão meteorológico que estuda o macro ou micro clima da região. “O balão sempre aparece e passa baixo, lá pelas montanhas de Itacambira a Caçaratiba”. Gersier de Lima lembra que a estação espacial ISS (International Space Station) cruza os céus de Montes Claros a uma altura de 360 km e velocidade de 27 mil km por hora. Pode ser avistada entre as 19:14 e 19:17 horas. Mas não foi ela quem apareceu desta vez... Outro “visitante ilustre” que de vez em quando surge nos céus de Montes Claros é o telescópio espacial HUBBLE. Os satélite artificiais de baixa órbita circular, da constelação Iridium, e os satélites artificiais de órbita circular mais elevada, da constelação GPS, circulam o Globo terrestre a altas velocidades, refletindo a luz solar pelos seus painéis utilizados na geração própria de energia elétrica. Vistos da superfície da Terra, tais satélites têm aspecto de pequenos pontos luminosos, avistado por qualquer pessoa entre as 18:00 e as 21:00 horas. Denílson Arruda, que mora num planalto onde se enxerga as luzes de Capitão Enéas e Janaúba, diz que outros objetos frequentemente confundidos com discos voadores são sinalizadores de emergência, balões meteorológicos e de festas juninas, meteoritos entrando na atmosfera terrestre, nuvens discoidais, etc. Wellington Vieira, um estudioso dos céus, afirma que cerca de 90% dos relatos de discos voadores registrados em todo o mundo são explicados pela ciência. Incluídos nesse valor os embustes, relatos fictícios e provas documentais forjadas. Celso Leal, que foi professor de Religião, lembrava que ela, a religião, também seria uma invenção dos ETs para explicar fenômenos ainda inconcebíveis para o estágio em que se encontrava (talvez ainda se encontre) a mente humana. A literatura aponta 42 "espécies" de extraterrestres, sendo a mais comum as do tipo "cinza", por possuírem, segundo descrições de "testemunhas", a pele acinzentada, baixa estatura, cabeça maior que a dos humanos, grandes olhos negros, boca pequena e sem proeminência nasal. A incidência cada vez maior de avistamentos, abduções e descoberta de pequenos aparelhos eletrônicos implantados em abduzidos levam a uma pergunta sem resposta: "Quem seriam esses pequenos seres e o que desejam aqui?" A questão de se acreditar ou não em discos voadores, OVNIS ou UFOS é uma opção essencialmente pessoal. Seres intra e extraterrestres: verdade ou mentira? Ilusão ou realidade? Como comportar? Ainda que os alienígenas sejam baixos, sombrios e obcecados por sexo- se eles estão por aqui, quero conhecê-los. Quando o dia chegar, se chegar, eu também não saberei prever uma reação. Se corro ou se fico, só Deus sabe. Afinal, mesmo olhando para o céu, é bom saber que não é possível adivinhar qual a intenção dos visitantes. Sei que, vez ou outra, a aparição de OVNIs nos céus norte-mineiros atiçar a curiosidade do povo. Por coincidência, ligo o rádio no “Comando das 7”, e em vez dos causos do Benedito Said, Gal Costa canta London, London. Numa tradução rápida, a música do Caetano mostra: “É bom pelo menos estar vivo e eu concordo/ E é tão bom viver em paz/ E Domingo, segunda, os anos, e eu concordo/ Enquanto meus olhos saem procurando por discos voadores no céu” Acho estas histórias parecidas, mas só parecidas, com as estórias que Zezinho Lagartixa contava para os meninos do Larguinho do Rosário, depois de suas frequentes escapulidas para o espaço sideral. Quem pode falar melhor é o Flavio Pinto...

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